Na noite da última quinta-feira, dia 18, o Conselho Regional de Contabilidade de Sergipe – CRC/SE -, habilitou 136 novos profissionais recém-formados em Ciências Contábeis ou no curso técnico em contabilidade para atuar no mercado sergipano.

A cerimônia de entrega de carteiras aconteceu no auditório da reitoria da Universidade Tiradentes – Unit -, na Farolândia, e contou com a representação do reitor da instituição de ensino, Jouberto Uchôa de Mendonça, escolhido para ser o paraninfo da turma.

“Este evento busca criar motivação aos que estão concluindo os cursos ou já tem a formação, para que façam o seu registro no CRC e possam atuar de fato e de direito”, salientou Aécio Júnior, presidente do CRC/SE .

Ao todo, são 4 mil contadores com a carteira de habilitação profissional em Sergipe. Mas muito deles não tiveram a oportunidade de receber seu registro profissional em um evento preparado apenas para este fim, mesmo já ocorrendo há cerca de 10  anos. Um exemplo é Ana Lúcia dos Santos, hoje conselheira do CRC/SE.

“Quando fui receber a minha, foi apenas uma ida à recepção do próprio Conselho. Não havia este tipo de prestígio. Com o evento, os recém-profissionais saem daqui mais valorizados”, observou ela. E a carteira de registro profissional tem mesmo uma importância ímpar.

Aécio Júnior faz questão de deixar claro que é somente com ela que se pode exercer a profissão. “Quem atua sem a carteira está cometendo um crime de exercício ilegal da profissão e pode responder até penalmente”, avisa.

Para Jodorval Luiz dos Santos, presidente da Academia Sergipana de Ciências Contábeis, este é um rito de passagem no qual o profissional se introduz em sua classe. “Fui presidente do CRC/SE de 82 a 85 e já fazíamos eventos. A cerimônia era mais simples, mas á já percebíamos a motivação que gera nos profissionais. É também uma oportunidade deles conhecerem os órgãos que os representam, de saber que serão fiscalizados, que há uma academia e outros à sua volta”, ressalta. Nesta época, eram apenas 1.200 profissionais atuando no Estado.

Na opinião de Ayeska Mendes Cordeiro, coordenadora do curso de Ciências Contábeis da Unit, que representou Uchôa, momentos como estes servem para mostrar aos profissionais o quanto eles devem se valorizar. “Hoje, o contador é o quinto profissional mais valorizado em termos salariais. Além disso, a Contabilidade é considerada a terceira melhor profissão do país. A Unit se sente muito prestigiada em ser lembrada nesta cerimônia e está de braços abertos aos contabilistas”, acrescentou.

OS NOVOS CONTADORES

O contador Gabriel Dórea, de 28 anos, recebeu seu registro com muita satisfação. “Minha expectativa ao receber esta habilitação profissional é atuar nesta área. Já sou sócio de um escritório e, com a carteira, vou poder exercer. Antes, somente o outro sócio podia”, diz. Gabriel reconhece que a carteira é uma necessidade para o contador, pois somente com ela se pode exercer a profissão. “Sem ela, o contador fica de mãos atadas”, afirma.

Mesmo tendo concluído o curso de técnico de contabilidade há 20 anos, o contador e micro-empresário Antônio Carlos França, 47, senti a necessidade de ter a habilitação profissional. “Por enquanto, não penso em trabalhar especificamente na área porque já tenho um negócio, mas sei que com esta habilitação as portas estarão abertas. E, ainda, pode ser que futuramente eu mesmo faça a contabilidade da minha empresa”, diz.