Relator Puty propõe aumento de 20% no teto do Super Simples
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O relator da quinta revisão da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (MPEs), deputado Cláudio Puty (PT-PA), anunciou ontem que irá incorporar ao texto do seu relatório aumento de 20% no teto de faturamento para o ingresso no Super Simples, regime que reduz em 40% a carga tributária das empresas.


Durante comissão geral realizada em plenário da Câmara dos Deputados para debater a matéria, Puty elogiou a decisão do Confaz de ter enviado uma proposta para debater o fim da cobrança de uma empresa do tributo devido por seus clientes, a chamada substituição tributária.


O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), afirmou que o projeto será aprovado por unanimidade no próximo dia 29, acatando provocação feita pelo ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos. Quem for contra o projeto mostre agora a sua cara, desafiou Alves.


Já são quase 20% de inflação desde a última revisão do teto do Super Simples, justificou Puty o aumento do teto do Super Simples, recebendo aplausos em debate que ocorre no plenário da Câmara dos Deputados, lotado por caravanas de empresários de várias partes do País e por servidores do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).


Isso vai valer para 2015 e não sabemos quando haverá novo reajuste, acrescentou.

Descontrole fiscal
A substituição tributária foi alvo de intensas críticas. Anteontem, em entrevista ao DCI, o ex-secretário de Fazenda do Maranhão Cláudio Trinchão criticou o fim da substituição tributária com a cobrança de ICMS menor para o segmento. Na avaliação dele, a medida vai provocar uma proliferação de empresas laranjas que serão criadas por empresas maiores para sonegar tributos e provocar perda de R$ 10 bilhões para os governos estaduais.


Nós não queremos acabar com esses mecanismos, porque respeitamos e entendemos os secretários estaduais de Fazenda. Mas isso se banalizou hoje para todas as categorias, disse o presidente do Sebrae, Luiz Barreto Filho, acrescentando que, em alguns casos, esse modelo de tributação inviabiliza capital de giro e, em último caso, provoca o fechamento de empresas, estimulando a informalidade.


Contrário à limitação do uso da substituição tributária manifestou-se apenas o coordenador do Simples no Paraná, Yukiharu Hamada. Isso vai causar o descontrole fiscal porque não será possível cobrar imposto de uma empresa do Super Simples que vender para uma grande empresa, alertou. O relator elogiou a mudança de postura do Confaz por ter apresentado uma proposta de limitação à substituição tributária.

 

 

Fonte: DCI ? SP


Data: 11/04/2014 às 03h10
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