Decreto autoriza empréstimo em bancos para pagar uso de térmicas
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O governo federal publicou nesta quarta-feira (2) decreto que autoriza a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) a tomar empréstimos com os bancos para pagar parte da conta bilionária que vem se formando no setor elétrico desde o início do ano pelo uso mais intenso das usinas termelétricas e a necessidade das distribuidoras de comprar energia no mercado à vista.

Essa operação faz parte do plano anunciado pelo governo em meados de março e que prevê a injeção de R$ 12 bilhões extras nos setor elétrico. Desse valor, R$ 8 bilhões dever ser captados pela CCEE junto a bancos e, os outros R$ 4 bilhões, aportados pelo Tesouro. A publicação do decreto já era esperada e é necessária para autorizar a CCEE, uma entidade sem fins lucrativos, a tomar os empréstimos.

O decreto prevê que a CCEE vai criar e manter uma conta, chamada de Conta no Ambiente de Contratação Regulada, que vai servir para movimentar esses recursos. Mensalmente, a entidade vai captar junto aos bancos o dinheiro necessário para cobrir as despesas das distribuidoras de energia com o uso mais intenso das térmicas, cuja energia produzida é mais cara que a das hidrelétricas, e com a compra de energia no mercado de curto prazo, que atingiu valores recordes.

Esses empréstimos, que segundo o governo devem somar R$ 8 bilhões, vão depois ser pagos pelos consumidores via conta de luz. Quando da apresentação do plano, em meados de março, representantes do governo informaram que esse repasse será feito em 2015.

Falta de chuvas
A necessidade de injeção emergencial de novos recursos no setor elétrico foi criada pela falta de chuvas neste início de 2014, que levou à queda acentuada no nível de armazenamento de água dos reservatórios das hidrelétricas. Para poupar água dessas represas, o governo vem utilizando todas as usinas térmicas disponíveis no país. O problema é que a energia gerada por elas, por meio da queima de combustíveis como óleo e gás, é mais cara.

O baixo nível dos reservatórios também fez o preço da energia no mercado à vista atingir o valor mais alto da história nesse começo de ano. Distribuidoras que não têm contratada toda a energia para atender aos seus consumidores, precisam comprar nesse mercado à vista a energia que falta, gerando a outra parte dessa conta bilionária.

 

 

Fonte: G1


Data: 02/04/2014 às 04h39
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