Frente a janeiro de 2013, o avanço foi de 1,01%. Os números referentes a dezembro, na comparação com novembro, foram revisados: de uma queda de 1,35% para uma baixa de 1,4%.
No acumulado em 12 meses, ainda de acordo com dados do BC, a prévia do PIB registrou alta 2,29% e, no ano, de 0,93%. Nesse caso, a comparação foi feita sem o ajuste sazonal ? o que é considerado mais apropriado por especialistas, pois, em períodos longos, as variações positivas e negativas que afetam os índices econômicos costumam se equiparar.
De acordo com o último boletim Focus, que mostra as expectativas do mercado financeiro, a previsão dos economistas é que o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano cresça 1,68%.
2013
A economia brasileira cresceu 2,3% em 2013, acima da alta de 1% no ano anterior. A alta teve forte influência do desempenho da agropecuária, que teve expansão de 7% ? a maior desde 1996. Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas em 2013 chegou a R$ 4,84 trilhões e o PIB per capita (por pessoa) atingiu R$ 24.065.
Nos últimos três meses de 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,7%, depois de uma contração de 0,5% no terceiro trimestre.
Poucos dias antes da divulgação do PIB pelo IBGE, o IBC-BR indicava crescimento um pouco maior, de 2,5%.
Resultados do IBC-Br x PIB
O IBC-Br foi criado para tentar ser um antecedente do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos. Os últimos resultados do IBC-Br, porém, não têm mostrado proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE.
Em 2012, por exemplo, o IBC-Br mostrou um crescimento de 1,6%. Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 1%. O mesmo aconteceu no primeiro, no segundo e no terceiro trimestres de 2013. Entre julho e setembro do ano passado, o indicador teve retração de 0,21%, mas o PIB caiu mais ? 0,5%.
O Banco Central já avaliou, em 2013, que o IBC-Br não seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas um indicador útil para o BC e para o setor privado. Se o IBC-Br acertasse na mosca é que seria surpreendente, afirmou o diretor de Política Econômica da entidade, Carlos Hamilton, no fim de 2012.
Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros (Selic) do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, entretanto, os juros básicos estão em 10,5% ao ano, após seis elevações em 2013 e uma alta no início de 2014.
Pelo sistema de metas de inflação que vigora no Brasil, o BC precisa calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Para 2014 e 2015, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Desse modo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
A expectativa do mercado financeiro é que os juros continuem subindo. Segundo analistas, a política de gastos públicos em alta e a valorização do dólar, entre outros fatores, tendem a continuar pressionando a inflação este ano.
Fonte: G1