A criação de empregos formais somou 1,148 milhão em 2012, o que representa uma queda de 48,8% frente a 2011, quando foram abertas 2,242 milhões de vagas, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (11).
Para ministério, menor criação de vagas está consoante com a desaceleração da economia
O resultado de 2012 é o pior desde 2003, quando o Ministério do Trabalho registrou a criação de 861.014 empregos formais no pais. A avaliação do ministério é que o ?movimento? de queda está ?consoante com a desaceleração no nível de atividade econômica? verificada no país no ano passado.
Além dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que englobam os trabalhadores celetistas, os números da Rais também incluem os servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de trabalhadores temporários. Pelos dados do Caged, divulgados em janeiro, foram criados 1,3 milhão de postos de trabalho formais em 2012, uma queda de 33% frente ao ano anterior.
De acordo com o levantamento, em 31 de dezembro de 2012 o Brasil tinha 47,459 milhões de pessoas com vínculo empregatício, ante 46,311 milhões verificados ao final de 2011. Isso significa que, apesar da desaceleração na criação de vagas, houve no ano passado aumento do estoque de empregos formais, de 2,48%.
O levantamento mostra ainda que houve no ano passado aumento real (acima da inflação) de 2,97% no valor do rendimento médio dos trabalhadores brasileiros, que passou para R$ 2.080,01 (ele era de R$ 2.020,02 em dezembro de 2011). O aumento foi ligeiramente maior do que o verificado entre 2011 e 2010: 2,93%.
Emprego por setor
De acordo com o Ministério do Trabalho, houve expansão formal em quase todos os setores em 2012, movimento ?impulsionado pelo crescimento do consumo das famílias, proporcionado pelo aumento da massa salarial.?
O setor que mais criou vagas no ano passado foi o de serviços, com um total de 794,9 mil postos. O comércio, com 383,5 mil empregos, vem em segundo e, a construção civil, com 82,4 mil, em terceiro. A indústria de transformação criou um total de 34,5 mil vagas em 2012.
Por outro lado, houve redução de postos na agricultura (-1,32% ou 19,5 mil empregos cortados) e na administração pública ( -1,83% ou 166,2 mil vagas).
Resultado por estado
O ministério informou ainda que, em 2012, houve criação de empregos em todos os estados, com exceção da Bahia, que perdeu um total de 8.997 vagas no ano, queda de 0,40%.
São Paulo foi o estado com o maior volume de empregos criados no ano passado: 370,8 mil. O Paraná ficou em segundo lugar, com 113,4 mil postos, seguido pelo Rio de Janeiro, com 112,7 mil.