Como parte da programação do 11º Enecon, os palestrantes Fernando Sampaio, do Rio Grande do Sul e Edgar Madruga, de Goiás, expuseram todas as suas considerações a respeito das várias vertentes do SPED e seus impactos para empresários e profissionais de contabilidade.
Diante de uma das cargas tributárias mais complexas do mundo, eis que surge o SPED, o Sistema Público de Escrituração Digital, que nada mais é do que mais uma forma do Fisco de controlar ainda mais a legalidade fiscal da empresa. Mas porquê tanto desconforto por parte dos profissional de contabilidade com o sistema?
Para Edgar Madruga, o problema é de ordem cultural e precisa de um comprometimento especial por parte do profissional. ?O SPED é um fofoqueiro dentro da empresa contratado pelo Governo. O empresário é a matriz do desafio e o profissional apenas faz a assessoria para que essas informações sejam dadas com a mais transparência possível?, explica o palestrante.
Já para o palestrante Fernando Sampaio, o SPED não é algo novo, pois surgiu em 2005 junto com a nota fiscal eletrônica e pertence à empresa, apesar do empresário querer puxar a responsabilidade para o profissional de contabilidade. ?Causa desconforto por se tratar de uma mudança no processo, porém deve ser de responsabilidade de ambas as partes e o profissional deve aprender a negociar e não realizar sozinho. Trata-se de uma tarefa conjunta?, afirma Fernando.
Para o estudante de Ciências Contábeis, Carlos Alves, que faz estágio em uma empresa do Piauí, escutar falar sobre um tema que é tão temido dentro da organização que atua, ajuda a suavizar o receio do futuro início de carreira. ?Não é algo tão pavoroso assim, basta seguir com critério o que pede o SPED?, comenta o estagiário.
Ao final da palestra, o palestrante Fernando Sampaio, ponderou sobre a postura do profissional diante do SPED. Para ele, o profissional deve saber negociar, ter visão sistêmica, domínio das tecnologias, aprendizado constante, foco nos resultados e previsão de mudanças.