Inflação oficial desacelera para 0,03% em julho, mostra IBGE
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, por ser usado como base para as metas do governo, desacelerou de 0,26% em junho para 0,03% em julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em pesquisa divulgada nesta quarta-feira (7). Essa variação foi a menor desde julho de 2010, que registrara 0,01%. No mesmo período de 2012, a taxa fora de 0,43%.

Com o resultado de julho, segundo o IBGE, o IPCA acumulado no ano ficou em 3,18% e, em 12 meses, em 6,27% - voltando para dentro da meta de inflação do governo federal, que permite o IPCA oscilar entre 2,5% e 6,5%. A previsão do mercado financeiro, conhecida por meio do boetim Focus, do Banco Central, é de que IPCA feche 2013 em 5,75% e 2014, em 5,87%.

O grupo de gastos com alimentação e bebidas teve variação negativa em julho, após subir 0,04% no mês anterior. De acordo com a pesquisa, essa é a primeira queda de preços do grupo desde julho de 2011, quando recuara 0,34%. Entre as maiores baixas estão de junho para julho estão as do tomate (27,25%) - considerado durante meses o vilão da inflação -, da cebola (10,9%) e da cenoura (5,04%).

Apesar da surpresa do grupo de alimentos, foram os transportes que exerceram a maior contribuição negativa para o IPCA de julho. A queda foi de 0,66%, a mais intensa desde junho de 2012. As tarifas dos ônibus urbanos, que integram o grupo de transportes, caíram 3,32% e lideraram a relação dos impactos para baixo.

Também tiveram redução as tarifas dos ônibus intermunicipais (-1,69%), trem (-4,13%) e metrô (-4,97%), automóveis novos (-0,29%), usados (-0,37%) e seguro (-1,84%). Os combustíveis tiveram redução de 0,25% no preço - a gasolina recuou 0,23% e o etanol, 0,55%.

Alimentação, com peso de 24,65%, e Transportes, com peso de 19,15%, que, juntos, somam 43,80%, são as despesas mais importantes no orçamento das famílias, sendo responsáveis por -0,21 ponto no IPCA de julho, disse o IBGE, em nota.

Seguindo o mesmo comportamento dos outros grupos, os artigos de vestuário registraram queda de 0,39%.

Na contramão, estão as despesas pessoais, que variaram 1,13%, pressionadas pela variação de preços de empregado doméstico, recreação e cabeleireiro. O grupo de gastos com habitação subiu 0,57%, com destaque para o aluguel (0,83%), taxa de água e esgoto (0,64%), mão de obra para pequenos reparos (0,59%), energia elétrica (0,58%) e condomínio (0,57%).

Entre os índices regionais analisados pelo IBGE, o maior foi visto em Curitiba (0,48%) e o menor, em Goiânia (-0,23%).

O que falam Dilma e Mantega
A presidente Dilma Rousseff afirmou, em entrevista a emissoras de rádio de Minas Gerais, que a inflação do país não é motivo de preocupação.

?Estou tranquila em relação à inflação?, disse ela. ?Ela já esteve mais alta, mas agora, sob todos os aspectos, ela vem caindo mês a mês?.

Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a inflação deverá voltar a subir nos próximos meses. Entretanto, acrescentou que deverá terminar este ano abaixo do patamar de 2012 (5,84%).

Ela [inflação] vai ter uma sazonalidade normal e vai voltar a subir um pouco nos próximos meses, porque todo ano acontece isso. Então, já estou antecipando aqui antes que alguém diga: ah, a inflação vai voltar. Claro, a inflação tem uma sazonalidade e ela está tendo um comportamento normal agora no país, declarou o ministro da Fazenda a jornalistas.

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também divulgado nesta quarta-feira (7) pelo IBGE, apresentou deflação de -0,13% em julho, abaixo do resultado de junho (0,28%). Com isto, a variação no ano foi para 3,17% e, nos últimos doze meses, ficou em 6,38%. Em julho de 2012 o INPC havia ficado em 0,43%.

Entre os índices regionais, o maior foi o de Curitiba (0,41%) e o menor, do Rio de Janeiro (-0,61%).

 


Fonte: G1


Data: 08/08/2013 às 09h16
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