Banco Central muda compulsório para diminuir pressão de alta do dólar
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O Banco Central anunciou na noite desta terça-feira (25) uma nova alteração nas regras dos depósitos compulsórios dos bancos (recursos que têm de ser mantidos na autoridade monetária), que facilita a venda de dólares pelas instituições financeiras e, com isso, tem o potencial de impedir uma pressão ainda maior sobre o dólar valorizado em relação ao real. A moeda vinha sendo cotada perto do patamar de R$ 2,25, mas chegou a atingir R$ 2,28 durante o pregão na semana passada.

A autoridade monetária decidiu retirar a alíquota de 60% dos depósitos compulsórios (sem remuneração) que incide sobre posição vendida (vendas de dólares pelos bancos) acima de US$ 3 bilhões. A medida, que começa a valer a partir do mês de julho, permite, na prática, que os bancos possam vender mais dólares sem incidência do compulsório.

Essa foi a terceira medida anunciada pelo governo neste mês contra a alta do dólar, que pode impactar para cima a inflação - que já oscila ao redor do teto da meta em 12 meses (de 6,5% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). 

No começo de junho, o Ministério da Fazenda zerou o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado sobre aplicações de estrangeiros em renda fixa. Até aquele momento, a alíquota era de 6%. Uma semnana depois, o governo zerou também o IOF sobre a venda de dólares no mercado futuro - facilitando estas transações - que têm impacto no preço do dólar no mercado à vista.

O preço da moeda norte-americana tem registrado pressão de alta nas últimas semanas, em todo mundo, desde que o Federal Reserve (o BC norte-americano) sinalizou que pode diminuir as medidas de estímulo - que tem injetado bilhões de dólares nos mercados nos últimos anos. Preocupado com o impacto da alta do dólar na inflação, o governo brasileiro tem retirado as travas que impôs no passado, em momento de abundância de divisas, para queda do dólar.

 

 

Fonte: G1


Data: 26/06/2013 às 11h33
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