O estoque total de crédito subiu 1,8% em março sobre fevereiro e atingiu R$ 2,427 trilhões, ou 53,9% do Produto Interno Bruto (PIB), consideradas as operações com os chamdos recursos livres (que não têm relação com o crédito direcionado, que é rural, BNDES e habitação) e direcionados.
De acordo com o Banco Central, a alta foi favorecida principalmente, pelo comportamento das carteiras dos recursos direcionados, com ênfase para os financiamentos realizados pelo BNDES e para o crédito habitacional.
Foi registrado alta de 1,4% nas carteiras de pessoas físicas (R$ 1,108 trilhões) e incremento de 2,2% no saldo relativo a pessoas jurídicas (que totalizou R$ 1,319 trilhões).
Inadimplência
A taxa de inadimplência no segmento de recursos livres apresentou a terceira queda seguida, para 5,5% em março, contra 5,6% em fevereiro.
O spread bancário (diferença entre o custo de captação do banco e o efetivamente cobrado do tomador final) fechou o mês passado em 17,7 pontos percentuais. Em fevereiro, ele havia ficado em 18,3 pontos. O spread total (considerando a totalidade do crédito) ficou em 11,7% em março, sobre 12% em fevereiro, diz a agência Reuters.
Juros em queda
Após subir nos dois primeiros meses do ano, a taxa média de juros total no segmento dos recursos livres fechou março em 26,1%, inferior aos 26,5% em fevereiro.
Considerando a totalidade do crédito (incluindo os saldos com recursos livres e direcionados), também houve queda após altas nos dois meses anteriores. A taxa de juros total caiu a 18,5% em março (queda de 0,2 ponto percentual ante 18,7% em relação a fevereiro).
A evolução do custo do crédito refletiu a redução nas taxas dos empréstimos às famílias, cuja média recuou para 24,4% ao ano, ante 24,9% ao ano no mês anterior, diz o Banco Central. O destaque é a diminuição de 0,6 ponto percentual na taxa de juros das modalidades com recursos livres, favorecida pelas reduções em crédito pessoal não consignado, veículos e cheque especial, diz. A taxa média das operações com recursos direcionados para pessoas físicas permaneceu inalterada em 6,6% ao ano.
No segmento corporativo, a taxa média de juros manteve-se em 14% ao ano.
Selic
A Selic foi elevada em 0,25 ponto percentual em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a 7,5% ao ano. Na ata sobre esse encontro, divulgada na quinta-feira (25), o BC frisou que a política monetária deve ser especialmente vigilante para minimizar riscos de níveis elevados de inflação e deixou claro que o alvo principal é a inflação de 2014.
Fonte: G1