A campanha de valorização da classe contábil ?2013: Ano da Contabilidade no Brasil? foi lançada no dia 18 de março, em sessão solene do Congresso Nacional, em Brasília-DF. Esta foi a primeira vez, em quase 70 anos de história da regulamentação da profissão, que o setor foi recebido em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. ?O presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, teve a iniciativa de conscientizar a sociedade do papel efetivo do profissional e dissipar qualquer entendimento distorcido do que de fato somos. Surgiu aí a ideia do projeto que, hoje, se tornou um grande movimento social?, afirma Luiz Fernando Nóbrega (foto), presidente do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC- SP).
Atualmente, o setor contabilístico se destaca no País nos cenários econômico, político e social, sendo uma das cinco profissões mais demandadas no mercado de trabalho. Além disso, se posiciona como a linguagem universal dos negócios, e é também uma das maiores difusoras da responsabilidade socioambiental do mundo. Assim, precisamos compreender o papel desse profissional no âmbito do nosso desenvolvimento.
?Os objetivos da iniciativa são conscientizar a população para o desenvolvimento socioeconômico, incentivar a demanda nas instituições públicas, privadas e do terceiro setor, fortalecer a imagem como parceiro de empresários no que se refere à gestão dos negócios, aumentar o interesse pelas Ciências Contábeis, nos posicionar como formadores de opinião e o reconhecimento do que de fato agregamos, pois, somos muito mais e fazemos além do que parece. É necessário expor isso de uma maneira ampla e contundente?, ressalta Nóbrega.
Durante todo o ano, a campanha de teor publicitário vai abordar temas relevantes para a profissão em todos os meios de comunicação, televisão, rádios, Internet, inclusive nas redes sociais, jornais, revistas, além de difundir informações e notícias importantes para o conhecimento do real exercício da profissão. Outra importante atividade será a promoção de eventos sobre assuntos que envolvem tanto os profissionais da área quanto a sociedade em geral, em parceria com entidades apoiadoras do projeto.
?Não só o CRC-SP, mas as entidades congraçadas do Estado, como o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon-SP), o Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP), a Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo (Fecontesp), a Associação dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo (Apejesp) e o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) estão capitaneando este movimento. Acrescenta-se a esse material de divulgação elaborado pelo CFC as ações de lançamento em casas de leis e outras atividades locais?, explica o presidente.
Nóbrega ressalta a contribuição que a classe contábil vem dando às micro e pequenas empresas (MPEs) e à formalização dos empreendedores individuais (EI), sem esquecer as optantes pelos regimes Lucro Presumido e Real. ?Já regulamentamos mais de 2,7 milhões de empresários desse setor. Sem a ação direta dos contabilistas, nós não teríamos hoje essa quantidade de empreendimentos?, acrescenta.
A contabilidade assume papel importante quando se debate as tão esperadas reformas política e tributária, bem como as discussões de temas sociais. O profissional do setor possui os conhecimentos necessários para subsidiar a elaboração de normas e leis que alterem o sistema financeiro e econômico do País.
?O mercado de trabalho anda aquecidíssimo e promissor, com alta demanda de mão de obra especializada, gargalo que demonstra se tratar de uma excelente carreira com muitas oportunidades e chances de crescimento. ?As empresas esperam alguém que as entendam e atendam, não apenas nas questões burocráticas. Elas querem um parceiro real na gestão dos seus negócios. Para isso, esse parceiro precisa estar atualizado, proativo, criativo e saber se comunicar sem o uso de linguagem técnica?, informa Nóbrega.
Exame de Suficiência
?O Exame de Suficiência contribui para a valorização do contabilista, tendo em vista o objetivo de comprovar conhecimentos médios consoantes aos conteúdos programáticos desenvolvidos nos cursos de bacharelado em Ciências Contábeis e de Técnico em Contabilidade, indispensáveis para o desempenho do profissional. É um instrumento de proteção à sociedade aonde o egresso só adentra a profissão se tiver um conhecimento médio do que aprendeu na graduação. Aos poucos, se tornou indiretamente um instrumento de melhoria do ensino. As instituições conseguem medir seu desempenho e procuram melhorar para ter mais alunos aprovados?, diz Nóbrega. Este ano, a primeira prova foi aplicada no dia 24 de março e teve 44.526 inscritos.
?Estudar sempre e buscar especialidades na área. Atualizar-se, sair da zona de conforto e buscar oportunidades ativamente. Nunca se contente com o que sabe e almeje sempre um patamar acima. Isso, com muita dedicação, resiliência e esforço?, finaliza o presidente do CRC-SP.
Fonte: DCI