Segundo a agência, teriam deixado a disputa, na penúltima fase, o neozelandês Tim Groser, o sul-coreano Taeho Bark, e a indonésia Mari Pangetsu.
Nesta quinta, Azevêdo demonstrou otimismo em sua conta no Twitter: Uma coisa muito boa da candidatura é que ela tem recebido apoios em todas as regiões e entre países de todos os níveis de desenvolvimento, diz o post.
Nove candidatos se apresentaram para suceder o francês Pascal Lamy, que deixará seu posto no fim de agosto.
Saíram da disputa, na primeira fase da seleção, os quatro candidatos que conseguiram menor apoio por parte da consulta feita com os 158 países-membros da OMC: Alan John Kyerematen (Gana), Anabel González (Costa Rica), Amina Mohamed (Quênia) e Ahmad Thougan Hindawi (Jordânia).
O nome do novo diretor será definido até 31 de maio. A escolha ocorre por consenso em negociações entre os países e não por eleição direta.
Lamy, no cargo desde 2005, termina o mandato em setembro. É a segunda vez que o governo brasileiro tenta comandar o órgão. Naquele ano, o Brasil lançou Luiz Felipe de Seixas Corrêa para o posto. Desde sua fundação, em 1995, nunca um brasileiro ocupou a presidência da OMC, responsável por conduzir as rodadas que visam à liberalização do comércio mundial.
Currículo do brasileiro
Azevêdo é diplomata de carreira, tem 55 anos e está no Itamaraty desde 1983.
Em nota divulgada em dezembro, na ocasião do lançamento do nome do diplomata, o Itamaraty destacou que a candidatura brasileira representa a importância atribuída pelo país ao fortalecimento da OMC e procura contribuir para o progresso institucional da Organização e para o desenvolvimento econômico e social mundial.
O Itamaraty também chamou a atenção para a Rodada de Doha, em que o Brasil negocia para derrubar subsídios agrícolas em países desenvolvidos como forma de dar mais competitividade às mercadorias do país.
No comunicado, o ministério mencionou como objetivos da OMC a melhoria dos padrões de vida, à garantia do pleno emprego e da renda, à expansão da produção e do comércio de bens e serviços, bem como ao uso dos recursos disponíveis em conformidade com o desenvolvimento sustentável.
A nota também lista as qualificações de Azevêdo para o cargo. Desde 2008, ele é o representante do Brasil no órgão e atua como negociador-chave. Antes, ocupou diversos cargos relacionados a assuntos econômicos no Ministério das Relações Exteriores, tendo atuado em contenciosos como os casos de Subsídios ao Algodão (iniciado pelo Brasil contra os Estados Unidos), Subsídios à Exportação de Açúcar (iniciado pelo Brasil contra as Comunidades Europeias) e Medidas que Afetam a Importação de Pneus Reformados (litígio iniciado pelas Comunidades Europeias), além de chefiar a delegação brasileira na Rodada Doha.
Fonte: G1