Dilma diz que não falará sobre juros para não dar base à especulação
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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (23) que não falará mais sobre juros para não dar base à especulação.

No último dia 16, em Belo Horizonte, a presidente afirmou que se houvesse necessidade de se elevar os juros para combater a inflação, isso seria feito em ?patamar bem menor?. Um dia depois, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu subir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 7,5% ao ano.

?Eu não falo de juros com vocês porque lamento. Falei num discurso sobre a estabilidade do Brasil, sobre o fato de que o Brasil não negocia com inflação, não flerta com inflação. Nós temos o histórico de combate e controle da inflação, disse Dilma após participar da abertura de uma exposição no Palácio do Planalto ao lado do músico Carlinhos Brown e da ministra da Cultura, Marta Suplicy (veja no vídeo acima).

Agora, eu não vou em hipótese alguma ? porque eu tenho uma responsabilidade presidencial ? dar base para qualquer especulação que se faça e que de uma certa forma, eu acredito que naquele momento distorceu a minha fala. Então, não vou falar sobre coisas que não quero ver distorcidas. O que eu quero falar é: o Brasil não flerta com a inflação nem querendo. Lamento a distorção?, completou a presidente no Planalto.

Segundo ela, o Brasil promoveu um grande esforço para alcançar uma condição de estabilidade macroeconômica.

Nós somos hoje um país bastante estável, tanto do ponto de vista das contas públicas e quando você olha a situação internacional. Por exemplo, nós não tivemos que fazer nenhum corte drástico como ocorre, por exemplo, nos Estados Unidos. Temos uma relação dívida-PIB das mais baixas do mundo. O Brasil hoje é uma economia robusta, declarou.

A presidente mencionou a Lei dos Portos em tramitação no Congresso como medida essencial para reduzir o chamado custo Brasil e melhorar a infraestrutura do país.

No passado, o custo Brasil era o custo da insegurança que se tinha em relação à capacidade do Brasil de pagar sua dívida externa. Hoje, o custo Brasil é uma questão do aumento da nossa competitividade. Temos de melhorar as condições da nossa infraestrutura, porque o país está numa trajetória de construir um modelo de crescimento de longo prazo, afirmou.

 

 

Fonte: G1


Data: 24/04/2013 às 08h50
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