Com o prêmio de R$ 61 milhões sorteado pela Mega-Sena na quarta-feira, 29, seria possível financiar um projeto de 5 mil horas de “chuva artificial” em áreas de seca. No Nordeste, até a semana passada, a cidade baiana de Santa Rita de Cássia já registrava mais de 165 dias sem chuva. Em Brasília, o Instituto Nacional de Meteorologia - Inmet -, registrou mais de 120 dias sem chuva.
O custo de uma hora de “chuva localizada”, como é chamado o processo, é de pouco mais de R$ 12 mil, segundo a diretora da ModClima, Majory Imai. “Depois de monitorar por satélite nuvens boas que estão sobre a região a ser atendida, trabalhamos com uma aeronave, que percorre uma área mínima de 250 quilômetros quadrados. Essa aeronave sobe com 300 litros de água potável e semeia a nuvem, estimulando a chuva”, diz Majory.
De acordo com a diretora, nem todas as nuvens semeadas levam à chuva, e a localização da chuva depende da direção e da velocidade dos ventos sobre cada região. “Nós não usamos o termo ‘chuva artificial’ porque não usamos produtos químicos. É um processo totalmente limpo e natural, ecologicamente correto”, afirma.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, o prêmio de R$ 61 milhões é o quanto maior entre os sorteios regulares da história da Mega-Sena, e o terceiro do ano. Se aplicada na poupança, a bolada renderia cerca de R$ 360 mil por mês.