BNDES desembolsa R$ 37,2 bilhões e tem melhor 1º trimestre da história
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Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram R$ 37,2 bilhões no primeiro trimestre de 2013 e, segundo anunciou o presidente do banco, Luciano Coutinho, nesta segunda-feira (15), tiveram alta de 52% na comparação com o mesmo período de 2012. Coutinho ressaltou que é o mais alto nível de desembolsos num primeiro trimestre na história do banco e mostra recuperação expressiva do investimentos.

O alto valor dos desembolsos no primeiro trimestre de 2013 teve como destaque as liberações destinadas a máquinas e equipamentos e ao setor industrial. A indústria respondeu por 36% dos desembolsos, somando R$ 13,5 bilhões e registrando uma forte alta de 109% a mais do que no mesmo período de 2012. Já os desembolsos para infraestrutura, de R$ 9,2 bilhões, são 25% maiores que os três primeiros meses de 2012.

As aprovações do banco, de R$ 40,7 bilhões, uma alta de 51% em relação ao primeiro trimestre de 2012, segundo Coutinho mostram a retomada da atividade.

Coutinho explicou que todas os segmentos industriais tiveram resultado positivo nos três primeiros anos de 2013. A categoria de bens de capital teve alta de 90% em relação a igual período de 2012.

Houve uma recuperação forte de bens de capital, depois da queda pronunciada em 2012, disse Coutinho, explicando que a obrigatoriedade de mudança de motorização dos caminhões afetou a indústria.

O presidente do BNDES destacou ainda o crescimento forte no Centro-Oeste do país, relacionado ao formidável desempenho da agricultura neste trimestre especialmente com desembolso para máquinas e caminhões de R$ 6 bi, 102% de crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.

PMEs em alta
Os desembolsos para micro, pequenas e médias empresas chegaram a R$ 15,1%, 50% mais que no primeiro trimestre de 2012, e bateram recorde.

O comércio de máquinas e equipamentos para micro e pequenas empresas sugere que a recuperação do investimento não esteve concentrada em grandes empresas e projetos. Os números da comercialização de máquinas e equipamentos pela linha Programa de sustentação do Investimento-Fimane, para pequenas empresas, revela a recuperação dos investimentos na base da indústria e da econmia, o que é uma tendência saudável para a economia porque essa base precisa melhorar seus níveis de automação para se tornarem mais eficientes e obter ganhos de produtividade, disse Coutinho.

Segundo Coutinho, o primeiro trimestre de 2013 foi marcado pela melhoria do cenário internacional com Estados Unidos, China e Japão mostrando recuperação. Houve uma redução da aversão ao risco global, embora a situação na Zona do Euro ainda apresente dificuldades.
Para o Brasil, neste primeiro trimestre, Coutinho ressaltou o bom desempenho das vendas e os sinais de aceleração da indústria.

Inflação e Eike
Coutinho pouco quis falar sobre as previsões para inflação em 2013, de 5,68%, segundo o mercado.

Temos um Banco Central atento e competente. Temos total confiança que o BC manterá as expectativas de inflação e manterá a inflação sob controle. O crescimento da economia em 2012 foi fraco e previsto par 2013, de 3%, segundo o mercado, não é explosivo, disse.

Em relação aos desembolsos feitos para o grupo EBX, do empresário Eike Batista, Coutinho não confirmou que a dívida seja de R$ 10 bilhões, como publicado numa reista semanal nesde dominho (14). Segundo disse, o desembolso é menor que esse valor.

O valor efetivamento desembolsado é menor. Não vou fazer mais comentários. Só posso dizer que o banco está tranquilo em relação ao grupo e aguarda os desdobramentos entre o assessor financeiro e o grupo, disse.

Em janeiro, o BNDES informou que desembolsou R$ 156 bilhões em 2012, uma alta de 12% em relação a 2011. Segundo o banco, foram liberados para micro, pequenas e médias empresas R$ 50,1 bilhões, um recorde na história do banco. Somente em dezembro, os desembolsos do BNDES atingiram R$ 34,2 bilhões, outro recorde do banco, segundo Coutinho.

 

 

Fonte: G1


Data: 16/04/2013 às 08h50
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