De acordo com Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, o recuo no varejo se deve basicamente ao aumento de preços. Comparado com fevereiro de 2012, o recuo foi de 0,2%. O varejo não apresentava taxa negativa de crescimento e volume desde novembro de 2003, quando também marcou -0,2%.
O efeito da inflação pode ser percebido no aumento da receita do varejo em fevereiro, de 0,6%, em contraponto ao crescimento negativo do volume de vendas, ressaltou Aleciana Gusmão, técnica da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, ao apresentar a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC).
Em fevereiro, no acumulado de 12 meses, a inflação no segmento de hiper e supermercados marcou 13,9%, bem acima da inflação geral de 6,59%, o que fez o consumidor comprar menos e pagar mais. De acordo com o IBGE, o volume de vendas em supermercados registrou recuo comparado com janeiro (-1%) e na relação com fevereiro de 2012 (-2,1%). A retração foi a primeira registrada desde março de 2009, quando marcou -0,2%. O segmento tem peso de 45% na formação do índice do varejo.
Outro segmento que impactou o bolso do consumidor foi o de combustíveis. Segundo Aleciana, de janeiro de 2012 a janeiro de 2013, os combustíveis tiveram aumento de 0,2%, mas de fevereiro de 2012 a fevereiro de 2013, o aumento passou para 4,7%, por conta dos dois ajustes de preços de combustíveis somente este ano.
Também desestimulou o consumidor a retomada do Imposto sobre Produtos Industrializados nos móveis e eletrodomésticos e nos automóveis.
Fonte: G1