A presidente deixou o Brasil na noite desta segunda e a chegada estava prevista para as 8h (no horário de Brasília). O primeiro compromisso previsto na agenda é uma reunião com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, à tarde. Depois, haverá a abertura do encontro e, no fim da noite, um jantar em homenagem aos chefes de Estado presentes, oferecido por Zuma.
Na quarta-feira (27), haverá uma reunião dos cinco mandatários dos Brics e, em seguida, um encontro ampliado entre o bloco e outras nações africanas convidadas, segundo o Palácio do Planalto.
A presidente deverá voltar ao Brasil na quinta-feira (28), segundo assessoria, mas ainda não há previsão de onde passará o feriado da Páscoa.
Banco
Um dos temas na pauta desta edição da cúpula dos Brics será a criação de novo banco de desenvolvimento voltado para financiamento de projetos entre os cinco países. O tema já havia sido discutido na conferência de 2012, na Índia, quando se decidiu formar um grupo de trabalho para tratar do assunto.
Em outubro do ano passado, técnicos dos cinco países definiram que o principal foco do futuro banco, apelidado de Banco dos Brics, será infraestrutura, desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas. O resultado do grupo de trabalho será apresentado aos chefes de Estado nesta cúpula, segundo informações do governo.
Além da eventual criação do Banco dos Brics, a cúpula deste ano deverá tratar da expansão comercial e da cooperação em infraestrutura com outros países da região africana, não apenas a África do Sul, segundo o Itamaraty. O tema deste ano é ?BRICS e África: Parceria para o Desenvolvimento, Integração e Industrialização?.
Ainda de acordo com o Ministério de Relações Exteriores, a cúpula debaterá a ?promoção do desenvolvimento inclusivo e sustentável, a reforma das instituições de governança global, caminhos para a paz, segurança e estabilidade mundiais?.
No ano passado, segundo informações do Itamaraty, os Brics responderam por 21% do Produto Interno Bruto mundial. O comércio entre as cinco nações alcançou US$ 282 bilhões em 2012, mas o grupo estima que este valor chegue a R$ 500 bilhões até 2015, de acordo com o MRE.
O comércio entre o Brasil e os demais países do bloco saltou de US$ 7,6 bilhões em 2002 para US$ 91 bilhões, o que corresponde a um aumento de mais de 1000% em dez anos, conforme o Itamaraty.
Fonte: G1