A cooperação na área de negócios foi um dos temas discutidos por Amorim com o presidente cubano, Raúl Castro, em Havana, no sábado, disse o ministro a repórteres em Nova York, onde participará da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas - ONU -, nesta semana.
Amorim disse que o Brasil tem uma vasta experiência na promoção do empreendedorismo para desenvolver a economia formal.
Cuba, acrescentou, precisará desse conhecimento para ajudar seu setor privado a absorver 500 mil funcionários públicos que o governo estuda demitir até março, como parte de uma estratégia para tornar sua economia mais eficiente.
Não compensa para Cuba tirar 500 mil funcionários do setor público se eles vão para a economia informal, disse Amorim. Ele afirmou que as demissões são uma medida muito corajosa de Havana.
Mais de 5 milhões de pessoas, ou 85% da força de trabalho cubana, trabalham para o governo, muitas das quais em funções improdutivas.
A transferência de meio milhão de trabalhadores para o setor privado é vista como a mais importante decisão política de Cuba desde que Raúl assumiu as tarefas diárias de seu irmão enfermo Fidel, em 2006, tornando-se oficialmente presidente em 2008.
Acredito que a evolução de Cuba, e eu uso essa palavra deliberadamente, é um processo que aumentará as oportunidades, afirmou Amorim, acrescentando que Cuba provavelmente precisará de ajuda de países como Brasil, que tem laços estreitos com Havana. Estamos prontos para cooperar, disse.