Cortes de juros devem favorecer queda na inadimplência, avalia BC
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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que participa de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, avaliou nesta terça-feira (5) que alguns fatores sugerem a redução da taxa de inadimplência ao longo do segundo semestre deste ano.

Após recuar em março, dados do BC mostram que a taxa de inadimplência das pessoas físicas, que mede o atraso de pagamento superior a 90 dias, voltou a subir em abril, quando atingiu 7,6%. Com isso, retornou ao patamar mais elevado desde dezembro de 2009 (7,71%), segundo números da autoridade monetária. Para aquisição de veículos, a inadimplência bateu recorde.

Entre estes fatores que favorecerão a redução da inadimplência, segundo ele, estão as concessões de crédito (veículos) realizadas a partir do segundo semestre de 2011, que apresentam menor nível de inadimplência, além do atual estágio do ciclo monetário (processo de redução dos juros básicos da economia, que vem sendo implementado pelo BC desde agosto do ano passado). Nos últimos meses, o BC baixou os juros de 12,5% para 8,5% ao ano -o menor patamar da história.

De acordo com Tombini, do Banco Central, as reduções dos juros e dos spreads bancários facilitam o processo de refinanciamento e renegociação de dívidas existentes, com potencial de diminuir a taxa de inadimplência. Isso quer dizer que as pessoas físicas e empresas têm condições, com este processo de corte dos juros bancários, de buscar linhas de crédito mais baratas para quitar os compromissos inadimplentes.

Tombini também avaliou que a perspectiva de aceleração do crescimento ao longo do segundo semestre também favorecerá níveis menores de inadimplência, pois isso tende a gerar novos postos de trabalho e renda em ascensão. Tombini também citou, como fatores que ajudarão a diminuir os atrasos nos pagamentos, a trajetória de queda da inflação, preservando os ganhos reais de salários. Nossas dívidas não são alongadas. Isso indica que o ajuste tende a ser mais rápido, concluiu.

 

Fonte: G1


Data: 06/06/2012 às 09h14
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