Os setores beneficiados desta vez não representam parte relevante do Produto Interno Bruto (PIB), mas reclamam há meses da concorrência. Segundo a Receita, não houve compromisso das indústrias em manter empregos. No ano passado, o governo já havia elevado o Imposto de Importação de aparelhos de ar-condicionado split. Isso serve para dar impulso ou auxílio do governo para esses setores, que têm produção muito forte na zona franca, afirmou o subsecretário de Tributação e Contencioso do Fisco, Sandro de Vargas Serpa.
Para Lourival Kiçula, presidente da Eletros, a decisão é ótima para indústria. Segundo ele, os fabricantes de ar-condicionado e micro-ondas eram prejudicados pelos produtos chineses, que chegam a custar 15% menos. De janeiro a abril, a fatia de importados foi de 70% e, nos micro-ondas, de 33%.
Cerveja. Ao mesmo tempo em que ajuda esses setores, o governo oficializou mais um aumento de imposto. A partir de 1.º de outubro entra em vigor um novo modelo tributário para as bebidas frias. Na prática, o brasileiro poderá pagar mais para tomar cerveja, refrigerante, isotônico e energéticos. A Receita estima aumento médio de 2,85%.
A indústria de bebidas reagiu ao aumento. O reajuste de impostos federais implicará diretamente repasse nos preços de cervejas e refrigerantes e deve prejudicar ainda mais o volume de vendas, obrigando as empresas a rever os investimentos, disse em comunicado a CervBrasil, associação que reúne Ambev, Schincariol, Petrópolis e Heineken, criada em maio.
Fonte: O Estado de S.Paulo