O contágio da economia brasileira pela crise na Europa se intensificou. O crédito externo parou completamente para as empresas em maio. Desde o fim de abril, quando Braskem e Banco do Nordeste fecharam operações no total de US$ 800 milhões, nenhuma outra companhia se arriscou a acessar os mercados internacionais. O aumento da aversão ao risco, que ao lado de medidas adotadas pelo governo levou o dólar a superar a barreira dos R$ 2, acentuou a saída de investidores. Em maio, a Bovespa já caiu 12,6%, o maior recuo desde outubro de 2008, auge da crise internacional.
Por causa da perda de valor do real, investidores começam a se preocupar com o endividamento das companhias. Parte significativa das dívidas das empresas brasileiras é em moeda estrangeira, o que significa que haverá impacto nos balanços quando forem convertidas em reais pelo câmbio do fim do trimestre.
Levantamento do Valor Data com 238 demonstrações contábeis do primeiro trimestre mostra aumento de quase 50% na dívida financeira líquida.
Fonte: Valor Econômico