Para o secretário-executivo do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (MIDC), Alessandro Teixeira, este é um dos piores semestres que a indústria brasileira já enfrentou , mas “a situação brasileira está incluída num cenário mundial em que até a China desacelerou seu comércio exterior”.
Falando no Rio na tarde desta sexta-feira (11) numa conferência internacional sobre política industrial, ele disse, porém, que está otimista e que mantém a meta de crescimento de 3,1% nas exportações.
Isso porque, segundo ele, a indústria brasileira tem competitividade e, em setores como o de manufaturados, tem apresentado bom resultado em relação ao ano passado.
Teixeira disse que o ministério não faz previsão para saldo de balança.
“Teremos superávit na balança. Mantenho nossa marcha e meta de crescimento de 3,1% nas exportações. Tivemos no primeiro quadrimestre taxa de crescimento de 4,5% No ano passado houve aumento de 26% nas exportações “, disse ele, atribuindo a queda no desempenho das exportações à desaceleração da economia internacional.
Dólar
Sobre o dólar alto, o secretário disse que a questão cambial para vários segmentos é um impacto positivo para acesso ao mercado.
“Câmbio bom depende da cadeia industrial. A indústria brasileira é muito internacionalizada, em alguns segmentos a subida do câmbio acaba comprometendo a cadeia por que a importação necessária dos produtos que compõe o produto final acaba onerando.”
Para ele, não existe câmbio de equilíbrio .
“Para cada segmento, para cada indústria, é um câmbio diferente. Setores em que a competição é mais espúria, sofrem concorrência desleal, como calçados, confecções, cerâmica, móveis, questão da apreciação cambial leva a ter uma competição melhor, e apresentam resultados mais rápido.”
Teixeira diz que o que o governo quer garantir é a questão da volatilidade. “Quanto menos volatilidade tivermos, mais previsibilidade o setor privado tem e melhor fica. No setor privado, volatilidade e previsibilidade são questões importantes”, disse.
Fonte: G1
Escrito por: Lilian Quaino