Após cinco dias seguidos de alta e preços não vistos desde julho de 2009, o dólar comercial fechou em queda de 0,68%, cotado a R$ 1,912. Nos últimos cinco pregões o preço da moeda subiu 2,28%.
Para um tesoureiro, a mudança de rumo do dólar no dia foi estimulada pela divulgação de notícias de que fundos de pensão do Japão estariam dispostos a investir em mercados emergentes a partir de junho.
No mês passado, o The Government Pension Investment Fund, maior fundo de pensão do mundo, com cerca de US$ 1,3 trilhão em investimentos, já tinha anunciado a intenção de investir em mercados emergentes até o fim do primeiro semestre.
Numa análise mais ampla, um gestor aponta que as atuações do governo no câmbio descolaram o real de seus pares, mas que esse movimento de alta independente do real estaria próximo do fim. Só uma piora acentuada do quadro externo daria novo fôlego de alta para a moeda americana.
Por ora, diz o especialista, o dólar tenderia a voltar para próximo de R$ 1,88, linha de preço que marca as últimas atuações do Banco Central no mercado à vista de câmbio.
O último leilão de compra aconteceu em 27 de abril e a taxa de corte foi de R$ 1,885.
Se o BC não voltar a comprar, o dólar tende a se acomodar nessa linha de preço. O aceno é esse, disse o operador.
Fonte: Valor Econômico / por Folha UOL