Pesquisa Global da Grant Thornton International com 2.800 empresas mostrou que 48% das empresas da América Latina apoiam as mudanças globais na forma como eles reconhecem e reportam receita. No entanto, apenas 41% das companhias têm conhecimento sobre as alterações globais.
No Brasil, 54% dos entrevistados disseram ter conhecimento das mudanças. Analisando os resultados é possível notar variações regionais significativas.
O apoio à mudança é notadamente baixo no Reino Unido – apenas 33% acham que as mudanças são necessárias e 44% afirmam que elas vão elevar a complexidade. O apoio às modificações propostas foi positivo na Índia (59%) e nos países asiáticos (56%).
Nos Estados Unidos, as questões relacionadas ao reconhecimento de receita foram responsáveis por 10% das republicações em 2010. No Reino Unido, o regulador tem apresentado dúvidas com relação à política de reconhecimento de receita e divulgação da mesma de várias empresas.
Segundo os empresários dos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e América Latina, a grande parte afirma que a proposta de mudança não teria efeito na receita que é reportada atualmente (64,8% e 55%, respectivamente).
Além disso, nos países latino-americanos, 46,7% acreditam que a última proposta do IASB e FASB sobre o tema vai elevar custos e aumentar a complexidade (49%).
“A Receita é medida chave de desempenho de todas as empresas e padrão contábil único e global nessa área é fundamental”, diz Marco Sanches, sócio da Grant Thornton Brasil. Segundo ele, existe uma preocupação compreensível sobre a elevação de custos e complexidade, porém acreditamos que o IASB e o FASB estão na direção correta.
Os dois órgãos alteraram suas propostas para simplificar a aplicação e reduzir processos desnecessários na aplicação das práticas contábeis. Ainda sim, a pesquisa mostra que há muito trabalho para convencer os empresários. “Esperamos que as companhias fiquem mais confortáveis ao avaliarem a nova proposta”, afirma Sanches.
A proposta conjunta do IASB e do FASB foi publicada em novembro do ano passado, após um projeto apresentado em junho de 2010. O prazo final de comentários é no dia 13 de março.
Fonte: Canal Executivo