Previdência tem déficit de R$ 3 bi em janeiro
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A Previdência Social encerrou o mês de janeiro com um déficit de R$ 3,005 bilhões. Trata-se do melhor resultado para o mês desde 2003, segundo informou o secretário de políticas de previdências sociais do Ministério da Previdência Social, Leonardo Rolim. Em janeiro daquele ano, de acordo com ele, o saldo havia ficado negativo em R$ 2,8 bilhões. O saldo negativo foi puxado pelo aumento de 6,3% das despesas com pagamento de benefícios na comparação com idêntico mês de 2011. Em janeiro, essas despesas somaram R$ 22,603 bilhões ante R$ 21,271 bilhões pagos um ano antes. A arrecadação do primeiro mês do ano, no entanto, apresentou um crescimento ainda maior. O governo obteve R$ 19,597 bilhões em receitas previdenciárias, uma elevação de 8,4% ante janeiro de 2011 (R$ 18,079 bilhões). Por conta disso, o resultado da Previdência em janeiro ficou 5,8% menor do que o verificado em igual mês do ano passado, quando registrou saldo negativo de R$ 3,192 bilhões.

Com o resultado de janeiro, o saldo negativo das contas da Previdência Social em 12 meses foi de R$ 36,54 bilhões, o menor desde agosto de 2003, quando ficou em R$ 36 bilhões. Os dados são atualizados pelo INPC e a série histórica da Previdência teve início em 2001. Estamos verificando que mês a mês está sempre melhor do que o do mês anterior, comemorou o secretário. A principal razão para a tendência positiva, de acordo com Rolim, é o aumento da arrecadação. Temos visto um crescimento da arrecadação bem acima da do PIB. A alta tem ficado entre 8% e 9% ao ano em termos reais em relação ao ano anterior, comparou.

Para ele, o rombo anual da Previdência é administrável nos próximos 18 anos. Até 2030 está confortável. A partir daí é que o envelhecimento terá impacto mais forte sobre as contas, previu. Por isso, de acordo com ele, é importante apresentar mudanças no regime previdenciário brasileiro.

Já o valor médio real dos benefícios atingiu a marca de R$ 835,84 em janeiro. O resultado é 4,11% maior do que o de janeiro de 2011. Rolim enfatizou que, em 2005, o valor médio dos benefícios, já atualizado pelo INPC, era de R$ 666,69 e que, no período, houve uma elevação de 25,4%. Esse aumento foi decorrente, entre outros pontos, do aumento real do salário mínimo.

Projeção

Rolim projetou há pouco que o déficit de 2012 será de R$ 39,1 bilhões. Mantida a tendência dos últimos meses, pode ficar até abaixo disso, mas ainda é cedo para ter revisão desse número, disse há pouco durante entrevista coletiva.

Em 2011, o rombo da Previdência somou R$ 35,5 bilhões. A expectativa de elevação na comparação com o ano passado se deve, de acordo com o secretário, principalmente ao aumento real do salário mínimo.

 

* Agência Estado


Data: 02/03/2012 às 08h01
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