Enquanto as contas do governo central registraram superávit primário de R$ 93,035 bilhões, as contas dos governos regionais (Estados e municípios) registraram uma economia de R$ 32,963 bilhões. Já as empresas estatais apresentaram superávit primário de R$ 2,712 bilhões.
A meta em 2012 foi ampliada em R$ 10 bilhões pela equipe econômica para ajudar na política do BC de combate à inflação, o que o governo vem chamando de novo mix de política fiscal e monetária.
Dívida líquida
A dívida líquida do setor público encerrou o ano de 2011 equivalente a 36,5% do PIB, porcentual que corresponde a R$ 1,508 trilhão. Em relação a novembro, o indicador apresentou ligeira melhora em dezembro, já que, naquele mês, o número estava em 36,6% do PIB. Em dezembro de 2010, o patamar era de 39,1%.
Segundo o BC, o indicador caiu 2,7 pontos porcentuais no ano, especialmente pelo resultado primário de 2011, que contribuiu com a queda de 3,1 pontos, e a desvalorização cambial de 12,6% verificada no ano passado, que ajudou com a redução de 1,6 ponto. Por outro lado, a queda foi parcialmente diminuída pela apropriação dos números nominais da dívida, que teve como efeito como efeito o aumento do indicador em 5,7%.
O BC também informou que a dívida bruta do setor público terminou o ano em 54,3% do PIB ante 54,6% em novembro de 2011. Em dezembro de 2010, o patamar era de 53,4% do PIB.
No mês passado, as contas do setor público apresentaram um superávit primário de R$ 1,934 bilhão. O governo central apresentou um superávit de R$ 2,503 bilhões e os governos regionais tiveram déficit de R$ 508 milhões. As empresas estatais, por sua vez, apresentaram déficit primário de R$ 61 milhões em dezembro.
Selic
A taxa Selic média mais alta pressionou as despesas com juros no ano passado. Os dados do Banco Central mostram que essa despesa aumentou R$ 41,304 bilhões em 2011, atingindo a marca recorde de R$ 236,673 bilhões, o equivalente a 5,72% do PIB. Em 2010, os gastos com juros foram menores e somaram R$ 195,369 bilhões, o correspondente a 5,18% do PIB. Em dezembro último, as despesas com juros saltaram para R$ 20,574 bilhões ante R$ 18,368 bilhões em novembro.