RIO - A carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu 58.825 megawatts médios em agosto, uma alta de 5,9% frente a igual mês do ano passado. Na comparação com julho, o crescimento foi de 3,8%. Os dados constam do Boletim de Carga Mensal, cujos resultados preliminares foram divulgados hoje pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Em 12 meses, a carga no SIN teve alta de 4% frente aos 12 meses imediatamente anteriores. No ano, o avanço é de 3,5% em comparação aos oito primeiros meses de 2010.
“A taxa de crescimento da carga de energia verificada em agosto, em relação ao mesmo mês do ano anterior, reflete dentro outros fatores, a ocorrência de temperaturas superiores às ocorridas neste mesmo período do ano de 2010 no subsistema SE/CO com a elevação da carga de refrigeração”, diz o comunicado divulgado pelo ONS.
O Operador destaca ainda a recuperação da produção industrial aferida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento de 11,2% no consumo das empresas na região Centro-Oeste, o aumento das perdas da rede básica no subsistema Sul em função do aumento do intercâmbio, a menor intensidade de chuvas no Nordeste e a ocorrência de um dia útil a mais em agosto deste ano.
O maior crescimento na carga na comparação com agosto do ano passado aconteceu no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, onde os 36.747 MW médios significaram um crescimento de 6,1% frente a agosto do ano passado e uma alta de 4,7% na comparação com julho. Em 12 meses, a carga no Sudeste/Centro-Oeste subiu 4,4%.
Com igual desempenho ficou o subsistema Norte, com 4.129 MW médios, 6,1% acima de agosto de 2010 e 3,4% a mais que em julho. Em 12 meses, a carga no Norte subiu 5,2%.
No Nordeste, a carga de 8.338 MW médios foi 5,4% maior que a de agosto do ano passado e 3,7% superior à de julho. Em 12 meses, a carga no Nordeste acumula avanço de 1,2%.
No Sul, a carga de 9.611 MW médios foi 5,5% maior que a de agosto do ano passado e 0,7% superior à de julho. Em 12 meses, a carga no subsistema Sul subiu 4,5%.
(Rafael Rosas)
Fonte: Valor Econômico