A Pesquisa de Perfil do Micro Empreendedor Individual, fonte UGE/Sebrae, tem como objetivo identificar o perfil dos MEIs, os motivos que levam esses empreendedores a se formalizar, a situação atual dos seus negócios, seus problemas e perspectivas e sua avaliação pessoal da formalização. Foram realizadas 10.585 entrevistas com micro empreendedores no período de 09 de maio a 17 de junho de 2011. Entre julho de 2009 a maio de 2011 já tinha 1,1 milhão de pessoas cadastradas como MEI.
Segundo a pesquisa 57% dos entrevistados já possuía um negócio que não era regularizado, 21% estava empregado com carteira, 12% estava desempregado e 10% estava empregado sem carteira. Dos que já possuíam um negócio 41% tem mais de cinco anos atuando na atividade, 16% tem de dois a cinco anos trabalhando na atividade e 42% tem até dois anos no negócio.
Outro dado interessante da pesquisa é que 39% dos entrevistados atuam no ramo do comércio, 36% na área de serviços, 18% na indústria e 7% na construção civil. As três atividades mais freqüentes cadastradas no Micro Empreendedor Individual são artigos do vestuário e acessórios com 10,2% dos entrevistados, seguido de cabeleireiros com 7,6%, lanchonetes e alimentação com 3,1%.
Em relação participação dos MEIs por região, 7% é do Norte do País, 22% do Nordeste, 10% do Centro Oeste, 47% do Sudeste e 14% da região Sul. Entre os entrevistados, 55% são homens e 45% mulheres. Quando o assunto é a idade, 12% tem até 24 anos, 49% tem de 25 a 39 anos e 38% mais de 40 anos.
Quando o assunto é o local onde opera o negócio, 40% trabalha na casa, 39% em escritório ou estabelecimento comercial, 18% na rua e 3% em outros locais. A grande maioria não possui outra fonte de renda, com 78% e 22% diz que sim. O que mais motivou a se tornar MEI foi ter um negócio formal, com 41%, 37% estava interessado nos benefícios do INSS, 12% na possibilidade de emitir nota fiscal, 4% na facilidade de abrir a empresa, 2% facilidade de conseguir empréstimo, 4% outros motivos.
Em relação ao processo de formalização 34% diz ter recebido apoio do Sebrae, 38% realizou o cadastro por conta própria no Portal do Empreendedor, 18% com apoio de um contador, 7% com apoio de um familiar ou amigo e 2% de outras formas. Entre os entrevistados 88% ainda não buscou crédito em banco e 12% já buscou.
Em relação ao impacto de formalização nas vendas, 28% disse que aumentaram depois que se tornaram MEI, 67% não se alteraram e 5% diminuíram. Em relação a virar micro empresa, 87% diz que tem interesse e 13% diz que não tem interesse. As conclusões que podem ser tiradas é que o MEI tem se mostrado ferramenta adequada para legalização, inclusão produtiva e facilitação do empreendedorismo por oportunidade.
Fonte: Sebrae/Sergipe